Edifícios e habitações são alvos apetecíveis a invasões de pragas. O que começa numa zona comum ou fração, depressa se espalha a todo o condomínio. Ratos, baratas e formigas são as mais comuns, mas outras podem surgir quando menos se espera.

Se desvalorizado, o problema pode acarretar prejuízos e consequências graves quer para a estrutura do condomínio quer para a saúde de quem nele habita, provocando doenças de pele, respiratórias ou inflamações, tanto a pessoas como a animais domésticos. A sarna é apenas um dos exemplos do quão prejudicial pode ser uma praga.

As pragas, regra geral, são sazonais. No inverno são menos frequentes pois os animais recolhem por causa do frio, enquanto no verão, devido ao calor, saem para procurar comida e reproduzirem-se. São exemplo disso as baratas e formigas, que com as altas temperaturas e humidade, desenvolvem-se facilmente. Contudo, tal não significa que não existam pragas durante todo o ano.

É considerada praga, sempre que se avistam animais, vivos ou mortos, assim como danos ou excrementos de forma permanente ou regular. Quando tal acontece, o condomínio deve proceder de imediato à sua exterminação através de uma empresa especializada.

 

Pragas no condomínio

Como evitar a infestação?

A prevenção é sempre o melhor remédio. Por isso, para além das áreas comuns do condomínio, que são da responsabilidade da administração, também cada morador deve fazer a sua parte dentro de casa. É necessário adotar uma série de hábitos regulares e preventivos.

A higienização e fiscalização correta dos espaços comuns e individuais é um dos primeiros passos. Os seguintes podem passar por:

  • Vedar frestas de portas e janelas, evitando a entrada dos animais;
  • Evitar acumular entulhos e objetos inutilizados dentro e fora das frações;
  • Colocar sempre o lixo no local apropriado e nunca em contacto com o chão;
  • Manter os espaços comuns e privados sempre bem arejados e sem excesso de humidade;
  • Instalar grades e respiradouros em todas as sarjetas, valas e ralos do prédio;
  • Definir um plano anual de manutenção para controlo e prevenção das pragas, em especial nas partes comuns;

Caso haja necessidade de uma desinfestação, é necessário considerar a contratação de uma empresa especializada. Vale a pena pedir vários orçamentos antes de optar por uma dada empresa e assegurar-se do número de desinfestações propostas para resolver o problema. É que algumas empresas propõem a assinatura de um contrato que refere mais do que um tratamento. E o preço que indicam é, muitas vezes, apenas da 1ª desinfestação.

Quanto às responsabilidades, nestes casos é muito complicado estabelecer-se qual o foco da infestação e imputar os custos de uma intervenção. Este tipo de animais movimenta-se rápida e facilmente pelos sistemas de esgotos, o que dificulta a prova.

Quando o procedimento for dado como certo, a administração do condomínio tem de orientar e avisar todos os condóminos, com antecedência, do dia, hora e duração do mesmo, assim como do período de quarentena. Desta forma, evita-se a circulação nas áreas intervencionadas e previne-se o risco de intoxicação por parte de pessoas e animais domésticos.