A questão que o nosso subscritor Pedro Farinha nos coloca só será viável após a luz verde do condomínio. Primeiro tem de formalizar o pedido ao administrador de condomínio, depois este deve convocar uma assembleia e obter a aprovação por unanimidade da assembleia. Tem de ser sempre uma decisão por unanimidade pois trata-se de o aproveitamento de uma parte comum do edifício ou da constituição de um direito de uso de uma parte comum.

Basta um condómino recusar-se para inviabilizar a instalação. Só depois entram as questões técnicas e económicas.

Estimamos que a distância entre o telhado (onde serão instalados os coletores solares) e a habitação (ponto de consumo e onde estarão colocados os restantes elementos) possa rondar os 6 a 10 metros.

Não sendo ideal, esta distância permite instalar sistemas solares térmicos de tipo termossifão, em que depósito e coletores são instalados no telhado e o sistema é alimentado com água fria e fornece água quente, ou sistemas pressurizados de circulação forçada, em que só os coletores são instalados no telhado e o depósito fica dentro da habitação; com uma bomba a fazer circular o fluido térmico pelo sistema.

Agora, existem condições para fazer ligações elétricas e hidráulicas entre a habitação e o telhado? É possível efetuar as ligações com o menor impacto? É economicamente viável?

O telhado apresenta as condições ideais (orientação, inclinação, estrutura, ausência de sombras etc.)? Só um instalador pode responder às questões. Deve avaliar se existem condições técnicas para instalar o sistema. Alerta: os sistemas solares térmicos obrigam a uma ligação hidráulica entre o telhado e o ponto de consumo (a habitação).

O sistema tem de ser alimentado com água (ou fluido térmico) fria e devolver água (ou fluido térmico) aquecida. Um sistema pressurizado de circulação forçada implica que instale, no interior da habitação, um depósito de água quente.

Nada nos indicou sobre a composição do agregado, mas conte com 40 litros por cada habitante. Para um agregado de quatro pessoas, deve considerar, no mínimo, um depósito de 150 a 200 litros. Caso avance, considere um sistema de apoio: o esquentador termoestático a gás natural é uma excelente opção, ou um termoacumulador elétrico, como soluções de baixo custo de aquisição. Formalize um plano de manutenção regular com o instalador, para garantir que o sistema solar térmico opera nas melhores condições.