Portugal é um país envelhecido e a população idosa procura cada vez mais o bem-estar no fim de uma vida de trabalho. Os moradores com mais idade necessitam de determinados cuidados dedicados e pensados para si. Naturalmente, a primeira dificuldade com que se deparam é a acessibilidade. Os problemas físicos tornam-se incontornáveis e há necessidade de adaptar certas áreas comuns do condomínio.

A lei já contempla a obrigatoriedade de implementação dessas facilidades nos edifícios novos, mas no que diz respeito aos edifícios antigos, são os interessados os responsáveis pelas alterações e suas obras. Para tal basta que comuniquem previamente ao administrador a sua intenção, com 15 dias de antecedência e que se respeite as normas técnicas de acessibilidade do prédio.

Rampas de acesso, piso antiderrapante, corrimões, sinalética ou cadeiras elevatórias são apenas alguns exemplos de adaptações que se podem fazer a um edifício.

No entanto, não são apenas as acessibilidades que contribuem para o bem-estar destes condóminos. Nos edifícios em que ainda existe a figura do porteiro, este pode desempenhar um papel fundamental, sobretudo se estiver preparado para interagir melhor com este tipo de condóminos ou visitantes.

Nos casos em que o idoso more sozinho, também é desejável que o porteiro (se não existir, algum vizinho mais próximo ou até o administrador) tenha consigo os contactos dos parentes/amigos mais próximos para que possam ser avisados em caso de acontecer alguma emergência.

Outra das possibilidades a considerar poderá ser a cedência dos lugares de estacionamento mais próximos dos elevadores a estes condóminos, de forma a facilitar a sua entrada e saída do edifício. Para que tal aconteça, há que levar o tema à assembleia de condóminos para que seja debatido e votado. Contudo, há que considerar que essa cedência não é “vitalícia". Mesmo que o condómino atual aceite a troca, caso a habitação seja vendida, o novo proprietário não está obrigado a aceitar o compromisso anteriormente acordado.

Se for impossível chegar a acordo, pode pensar-se, por exemplo, em reservar um espaço perto dos elevadores, em que se possa fazer a carga e descarga de pessoas e bens (caso exista espaço e o estacionamento seja feito através de lugares de estacionamento e não garagens fechadas e individuais).

Sempre que existam piscinas no condomínio, a administração pode ter o cuidado de enchê-las um pouco mais de modo a facilitar a entrada e saída dos idosos da água ou adaptar a escada, substituindo a de alumínio por uma de alvenaria.

Precauções a ter em conta em condomínios com idosos

  • Sempre que seja feita a limpeza das partes comuns, não se deve deixar o piso muito molhado ou com restos de detergente para que se evitem quedas, quase sempre, perigosas e desnecessárias.
  • Evitar o uso de tapetes nos corredores ou halls de entrada.
  • Evitar ter áreas pouco iluminadas ou com luzes fundidas, uma vez que podem potenciar acidentes.
  • Locais de aclive ou declive devem ter placas de informaçãoa avisar da sua existência. 
  • Devem existir placas de orientação bem visíveis (por exemplo, a indicar as saídas).
  • Avisos ou informações sobre o condomínio devem ser colocadas em locais estratégicos e de fácil acesso visual.
  • Sempre que se realizarem, por exemplo, obras de manutenção no edifício, estas devem estar bem assinaladas.

A ter em conta

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